segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

Magia na ponta dos dedos

Era capaz de ficar a noite toda ali a ouvi-lo tocar e a soltar alguns sons vocais. Desta vez trouxe uma violinista, muito boa, por sinal.
É um dos meus preferidos e foi a primeira vez que o vi ao vivo e a cores, ali à minha frente a escassos metros de distância. Wim, Mertens provavelmente do pai, brindou-me com duas horas de intenso prazer. O piano, um corredor a preto e branco de onde faz sair uma escala inteira de emoções. Encores sucessivos como se não conseguisse fazer parar as palmas, as nossas palmas, o que o mantém sentado ainda mais um bocadinho, para mostrar uma das melhores receitas belgas, onde nem tudo é chocolate.
Em Un Respiro mostra-me, desta vez ao vivo no S.Luiz, a melhor coisa que um homem consegue fazer com a ponta dos dedos...bem, talvez a segunda melhor!! Bem-Haja!

domingo, 10 de dezembro de 2006

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Diego Armando

Diego Maradona está a partir de agora imortalizado numa estátua que recorda o Mundial do México de 1986
O ídolo voltou ao estádio e desta vez para ficar. Os adeptos e admiradores da lenda viva do futebol podem a partir de agora admirar a estátua que foi erguida em homenagem àquele que foi, e é, o mais consagrado símbolo do desporto rei argentino.
Vinte anos passados do Mundial em que a Argentina levantou a taça maior da modalidade, Maradona, braçadeira de capitão, e com a mão, desta vez no peito, faz ainda chorar um público que nunca o deixou, por piores que tenham sido os seus exemplos.

Os pés são de um génio, a mão é a de Deus. Diego Armando Maradona de sua graça, hoje e para sempre no Museu do Boca Juniors.

segunda-feira, 13 de novembro de 2006

Como se... #2



Reencontrei-te
como se tropeçasse num episódio esquecido de uma série antiga

Lembrei-te
como se nunca nos tivessemos perdido de vista

Sonhei-te
como se a noite te trouxesse de uma vez por todas

quinta-feira, 9 de novembro de 2006

Há ir e voltar


Gosto de viajar
de ir
porque também gosto muito de voltar

Gosto de conhecer os sítios
as pessoas e os seus costumes
o seu olhar
o mundo visto do outro lado

Gosto de procurar a melhor vista
a esplanada mais absorvente
o restaurante que respire mais história
a mercearia mais antiga

Gosto de fotografar as crianças
os velhos
os restos da história que ainda não deixaram cair
mas também o postal perfeito
a vista batida das páginas das revistas
porque os cheiros nunca nos chegam em papel couchet

Gosto do cheiro dos lugares
por muito estranhos e muito insuportáveis que sejam
gosto de associar os cheiros aos lugares
o caminho mais perto para lá voltar

Gosto especialmente de estar e sentir onde estou e com quem estou
o que vi
quem eu conheci
onde fui e o aroma que tinha acabam por passar
como tudo passa
o que senti ficará para sempre no lugar dos insubstituíveis
onde circulam também os amigos de sempre e os que vão chegando devagarinho.

domingo, 5 de novembro de 2006

Como se...



Olhava-te
Como se estivesses aqui

Queria-te
Como se fosses meu

Perguntei-te
Como se nada fosse

Vais continuar aí onde não chego?

sexta-feira, 27 de outubro de 2006

segunda-feira, 9 de outubro de 2006

From Bali with love

Azul, azul, mais azul. Aqui sinto-me bem mais perto do ceu, mais perto de Deus, que se nao estiver ainda por aqui, de certeza aqui passou para verificar a obra.
Aqui parece ser o fim do mundo, mas no topo. Aqui o limite do ceu e do mar nao parece ter fim e termino os meus dias numa contemplacao unica de um por-do-sol merecedor de palmas e ovacao.
Nao apetece ir mais longe para ver seja o que for, nao existe mais longe por aqui, nao existe mais profundo e deixo-me estar ate que o tempo passe o suficiente e deixe chegar a hora de partir.
Vale a pena viver isto, vale a pena SO estar aqui tao longe que nao me deixa quase ver o passado, mas oferece energia suficiente para encarar o futuro. Bem-Haja!

terça-feira, 26 de setembro de 2006

A viagem como ela é

Quando uma pessoa viaja muda sempre um bocadinho. Quando uma mulher viaja além de mudar um bocadinho, é também como se tivesse a fazer uma mudança...de casa. Sendo assim, quando uma mulher viaja gosta, e normalmente faz questão, de levar algumas das coisas que fazem parte do seu dia-a-dia. Sem querer enumerar o extremo de levar uma ou duas molduras com fotografias da família mais chegada, ou do namorado recente, quando se viaja, seja para onde for, convém levar sempre alguns dos objectos que nos farão sentir em casa. Aquele top que adoramos e que todos dizem que nos fica lindamente, vai sempre, mesmo que o destino em causa implique temperaturas abaixo dos 10º, uma pessoa nunca sabe. Vai na volta há um jantar assim mais para o arranjadinho e ninguém quer perder os créditos da mulher portuguesa jeitosíssima, lá porque está fora. Irrita-me as mulheres, que lá porque estão fora do país e de sua casa, vestem roupinhas simples, práticas e confortáveis, não se produzem, e acham que ser turista implica sempre uma mochilinha e não uma mala como normalmente, e roupas desportivas, como se no estrangeiro se transformassem nas Rosas Mota da vida.
O biquini é outro, que, pelo sim, pelo não, vai sempre, mesmo no pico do Inverno, não vá o hotel, mesmo que de 2**, ter uma piscina interior aquecida ou um jacuzzi apetitoso.
Tudo isto para chegar a uma conclusão bem simples: não existem malas de viagem demasiado grandes. Posso até acrescentar esta premissa a uma frase célebre, “nunca se é magro demais, rico demais”...nem uma mala é grande demais. A mala de viagem tenha o tamanho que tiver, leva sempre tudo o que couber, havendo sempre um cantinho para um cinto ou para o carregador do telemóvel. Fechar uma mala tem por isso, um encanto e um receio, que me acompanha até ao momento em que no check-in fazem a sua pesagem.
Para fechar uma mala de viagem já tive de fazer pressão no tecto do quarto, equilibrando-me de pé em cima da mala por fechar na cama do quarto de hotel, para fechar uma mala já parti as dobradiças que unem as duas faces da mala rígida, valendo-me o facto de ter sido ainda em casa, antes da viagem de ida. A viagem começa no momento em que a mala é fechada, e durante o tempo todo até chegar ao destino há uma frase que me assombra de forma permanente: «Acho que me esqueci de alguma coisa!»

quinta-feira, 21 de setembro de 2006

Etiqueta

Fui etiquetada...paciência, acontece aos melhores...também há coisas piores, podia ter sido agrafada!

quando fores etiquetado tens que escrever seis informações aleatórias sobre ti. depois escolhes seis pessoas para etiquetar e lista os seus nomes.

Aqui vão as minhas:


# Made in portugal
Totalmente produzida em Portugal por portugueses, nascida, criada e vivida em Portugal. Pronto, bastantes escapadinhas para fora, mas uma pessoa também se tem de fazer à vida!

# 10% Algodão...doce, adquiridos na extinta feira popular. 70% elastano, adquirida em décadas de ginástica. 20% gomas, adquiridas durante muitos anos em Ayamonte.

# Resistente à água fria
após 3 meses sem gás, permanece com quase a totalidade da vitalidade

# Pode usar-se do avesso
Os danos causados são da exclusiva responsabilidade do utilizador

# Em caso de perda, é favor devolver para:
tá perdido, tá perdido, quero lá isto de volta!

# Sem aditivos
Todo o material é de origem controlada


Os etiquetados que se seguem:

Q-werty
A menina Alegria de Viver
O menino que ia pá terra
A miúda
A Estrela do Norte
Gata Assanhada

Bem-haja.

segunda-feira, 18 de setembro de 2006

sexta-feira, 15 de setembro de 2006

A escutar é que a gente se entende

Acho muito desagradável esta situação em que alguns dirigentes andam metidos. É desagradável para eles, para o futebol e para os restantes. Uma pessoa não gosta de ser escutada, não gosta que se lhe ouçam as ideias assim por vias travessas. É que isto já não são conversas, são conferências, pois é como se estivesse o país todo a ouvir, embora com delay de alguns anos, porque isto é gente que ouve muito mal. Só alguns anos depois e quando isto já está tudo em tribunal é que “se ouviu qualquer coisa”.
No fundo, é como as vizinhas, só quando ouvem que alguém se vai separar é que se lembram que ouviram discussões todas as noites e loiça a partir-se constantemente, mas na altura pensaram que era dos armários serem estreitos. De repente sabem de tudo e ele tratava-a muito mal.
No futebol é mais ou menos assim, as coisas acontecem, não se percebe bem porquê, alguém faz queixa, anos depois pegam no processo e vai-se a ver alguém tinha ligado a alguém a convidar para jantar e depois de jantar umas amigas de uns amigos meus lá vão ajudar alguém a ter uma alegria que a esposa já não lhe dá, e é isto, de repente alguém viu, ouviu e sabe que alguém foi tendencioso a custo de alguns momentos bem passados e de alguns cheques igualmente passados.
Na minha rua há uma senhora que está o dia todo à janela. Vê toda a gente a entrar e a sair de casa, com quem chegam, com quem saem. Ela é uma escuta de bairro, é outra dimensão, mas para os pequenos casos, este tipo de escuta também é importante. A minha vizinha do segundo andar costuma andar de camisa de dormir para ir levar o lixo á rua, tudo bem que não é um babydoll, mas para todos os efeitos pode ser considerado provocação, e se ela for violada quem é que lhe pode valer, a escuta da vizinha que estava ali, à janela e viu tudo.
No futebol, como na vida, as escutas salvam uns e acusam outros, agora todos os dias temos conversas novas para ouvir, trocas de árbitros e favores, discussões e opiniões que não interessam a ninguém. O futebol não vai nada bem, dizem, mas a vida também não vai bem, vai para alguns meses que não tenho uma conversa decente ao telefone, daquelas que acabam sempre com alguns termos em espanhol, aquele espanhol que se aprende na televisão.

sábado, 2 de setembro de 2006

Abre a pernoca que lá vem ele

Até há alguns anos, o orgasmo feminino, além de passar despercebido (diziam elas) para a própria mulher, era totalmente desconsiderado por qualquer homem. Sim, talvez há mais tempo que alguns anos.
Durante séculos, o facto de não ser totalmente descarado e impossível de encobrir como o masculino, o orgasmo feminino não era sequer considerado como reacção física ou orgânica, do prazer feminino.
Hoje, depois de muita especulação à volta do orgasmo feminino e de todas as suas formas simuladas ou fingidas, posso chegar a uma simples conclusão: o homem raramente se apercebe do sucedido, ou sucedidos, e mesmo que tenham tentado, durante décadas, convencer-nos de que não se importam com o facto deles existirem ou não. Cada vez mais a mulher descobriu o seu prazer, a maneira de o conseguir e a habilidade masculina de o proporcionar. A partir dessa descoberta, também essa passou a ser uma das condicionantes a ter em conta na factura da relação.
Continuo a fingi-los, continuo a descobrir cada vez mais, tudo o que me pode proporcionar mais e melhor prazer e continuo a deixar que os homens acreditem que a sua prestação foi a melhor que já encontrei. Faz parte do charme feminino, e alimenta o orgulho masculino que, como sabemos, pode determinar sempre a próxima vez. Para o bem e para o mal, convém sempre que eles fiquem satisfeitos com eles próprios e, já que estão ali, que façam o que têm a fazer.
E se havia dúvidas de que o prazer da mulher aumentava depois de acabar os vintes, quem vai lá chegando, vai confirmando, a pouco e pouco que não podia ser mais verdade. Além de saber distinguir bem mais lucidamente tudo o que se passa do outro lado da cama, o corpo começa a pedir alegrias que até há bem pouco tempo nem faziam grande diferença. Também já não chega ser atlética e ágil, formosa e bonita, há que ter habilidade para conseguir tornar uma das situações mais íntimas e ao mesmo tempo (tantas vezes) embaraçosas, num movimento sexy e aparentemente natural.
Não aguento ver mulheres a deixarem-se ficar em longas relações ou casamentos, em que o desejo e o encanto da criatividade, dá lugar ao hábito de estar ali e cumprir a sua função. Por favor, já lá vai o tempo em que a mulher servia para deitar de costas e afastar as pernocas para “aceitar” o dever da reprodução e continuidade da espécie.


quarta-feira, 19 de julho de 2006

Elogio ao Futebol

Já tínhamos as bandeiras para pôr à janela, já tínhamos as cervejas no frigorífico à espera da hora certa, já tínhamos os cachecóis, as camisolas, tudo a postos. Tínhamos principalmente uma equipa, que em campo nos iria levar ao rubro.
O Mundial 2006 começava e Portugal voltava a viver um pouco do que viu em 2004. Peregrinações ao Marquês de Pombal, carros a apitar pelas ruas onde aparentemente nada acontecia, reuniões em cafés, restaurantes e afins, para mais hora e meia de futebol em duas ou três horas de festa.
O futebol é muito mais do que aquilo que assistimos dentro das quatro linhas, é muito mais do que golos e passagens à fase seguinte. Muitos são aqueles que não entendem um fora de jogo posicional, mas todos sabem o que é um golo e quando ele acontece. O golo é provavelmente a forma de expressão mais globalizante.
Não há maus golos, há golos muito bons e golos. Há golos que carregam títulos e golos que valem o que valem. Há golos que trazem melhores contratos e muita tinta em jornais e revistas e golos que apenas aliviam o orgulho.
Neste Mundial, Portugal voltou a viver e a sofrer os golos, as defesas, os quase golos, as faltas cometidas e não cometidas, enfim, em menor quantidade, mas mais concentrado, voltou ao sofrimento do “mata-mata” que em 2004 conheceu desde o segundo jogo.
Agora já éramos maiores, já carregávamos um “vice” que antes não existia, tínhamos uma equipa adulta, um conjunto de grandes jogadores que hoje formam uma grande equipa, termo que até 2004 não conhecíamos. Sempre tivemos bons jogadores, daqueles que jogam no estrangeiro e tudo, mas tínhamos essencialmente artistas, amontoados de ego a jogar pelos contratos, pelo auto sucesso, por e para si próprios. Quem não conseguir encontrar as diferenças até no seus discursos mais simples que levante o braço. Estes jogadores, alguns dos mesmos que um dia jogavam sozinhos, estão e são diferentes, cresceram por todos os lados, fizeram-nos crescer. Luís Figo conseguiu pôr Portugal no mapa de milhares, e porque não dizer milhões, de cidadãos por esse mundo fora, onde nunca tinha chegado este país. Mais do que Eusébio, porque hoje há televisões, internet e jornais por todo o lado, Portugal chegou mais longe com Luís Figo que com qualquer acordo de cooperação económica ou social, porque o futebol ultrapassa qualquer assinatura.
Neste Mundial Portugal comemorou uma derrota, o jogo com a França conseguiu unir um país a um conjunto de rapazes que a cada dia levava mais longe a nossa bandeira. Perdemos com uma grande dose de injustiça, mas também não é de justiça que vive o futebol. Eles marcaram e nós não conseguimos. E se existem vitórias morais, esta não o foi, foi quanto muito uma derrota imoral, de onde saímos com o sentimento de poder ter ido mais longe, de poder ultrapassar esta “maldição” que liga França e meias finais. Não foi desta, mas foi desta que tivemos a certeza que ali podemos voltar, que agora podemos ter sempre lugar entre os melhores dos melhores e que já não somos os pobrezinhos e injustiçados.
Gostávamos de ter um défice mais pequeno, uma economia mais forte, menos desemprego, um sistema de saúde que realmente funcione, uma educação como deve ser, e tudo isto não passa com golos, mas também não é disto que o futebol fala. O futebol fala de emoções, de alegria, de tristeza, sofrimento e euforia, todas aquelas que nos fazem melhores nas outras balizas das nossas vidas. A vida não é só futebol, mas não há nada que una e faça levantar da cadeira tanta gente de uma só vez. Com este nosso futebol o país levantou-se e talvez parte dele se tenha posto a mexer. Voltámos a não trazer a taça, voltámos a chegar quase lá, mas o que vamos ganhando é ouro para os nossos ânimos, e também por isso valeu mesmo a pena.
Hoje temos uma equipa, uma bandeira e um país para esfregar na cara do mundo, e embora o futebol não seja tudo, é sem dúvida uma das melhores montras!

quarta-feira, 21 de junho de 2006

Aqui de fresco

À minha porta todos os carros passam depressa demais. Quando aqui vão a passar parecem todos lembrar-se que deixaram o arroz ao lume. Não passa mais nada por aqui, não se ouve mais nada aqui. Só ouço as minhas ideias e os meus sonhos a cuscuvilharem o meu tempo. Estão em guerra!

quarta-feira, 14 de junho de 2006

Temos Mundial, só não temos futebol!

Por esta altura já devemos conhecer pelo menos metade da comunidade portuguesa residente na Alemanha. Proprietários de cafés, restaurantes, hotéis, bancas de sardinha e/ou febra, vendedores ambulantes. Com a quantidade de entrevistas a que temos assistido, já se "varreram" pelo menos as cidades e arredores, por onde a equipa portuguesa pôs o pé. Assistimos a resumos de todos os jogos, resumos com os lances mais importantes, resumos dos resumos, resumos só com golos, resumos dos treinos, conferências de imprensa de jogadores e respectiva equipa técnica, entradas e saídas de hotéis e estádios, entrevistas a jogadores, a treinadores, a preparadores físicos, a técnicos de equipamento (ficámos mesmo a saber os tamanhos que veste cada um dos jogadores, informação sem qual não teríamos dormido), a jornalistas portugueses e estrangeiros, a pessoas do público, a seguranças, a gerentes de hotéis, a jardineiros, etc, etc, etc... E tudo isto à volta do Mundial de Futebol 2006, sim, de futebol, a única coisa que nos tem faltado ver...Futebol.
Bem-haja os canais abertos que não "conseguiram" investir no evento desportivo com maior audiência do mundo.

quarta-feira, 7 de junho de 2006

Desamor?!

Amores que pairam no ar, amores que nunca chegam a existir porque nunca chega a hora e o momento certo, porque ainda não é agora, porque não pode ser já. E o tempo não espera, não contempla desculpas ou atrasos.
Amores que nos deixam de rastos num dia e no dia seguinte parece que nada aconteceu, sem nunca perderem a força. Um amor que é verdadeiro nunca nos dói até ao dia em que nos deixa. Antes tudo parece perfeito, tudo parece bater certo e fazer sentido. Não há exactidões nem palavras com sentido, há lugares, há sons que despertam a memória, o olhar, todos os sentidos.
Gostava de te ter no meu olhar, ou num dos meus sentidos, fosse ele qual fosse.
Amores que se atravessam, amores que nunca o chegam a ser porque não têm espaço para existirem, nem tempo, nem ordem, nem donos. Amores que não pedem licença, não têm direito nem memória. Num olhar perdem todos os adereços, todos os enfeites, todas as defesas de que se muniram para lutar contra o objecto de seu desfavor, o seu eterno orgulho, o seu amor.

quarta-feira, 24 de maio de 2006

Carta aberta a Vítor Baía - Parte VIII

Caro Vítor:

mais uma vez a injustiça bateu-lhe à porta, como sempre o afirmou. Veja lá, se é possível não chamarem à selecção um guarda-redes que jogou meia dúzia de jogos nesta época?! Sim, é possível, chamaram o Quim!
Mas veja as coisas deste modo, se for disciplinado e fizer os exercícios para as articulações que o senhor Dr. lhe receitou, em 2012 já José Mourinho será seleccionador nacional, e você, meu caro Vítor, poderá de certeza voltar. Ele não lhe negará esse desejo, depois de tudo o que fez por ele...
Um bem-haja para si e para os seus.

sexta-feira, 21 de abril de 2006

Agora que o "Sexo e a Cidade" acabou

Será que todas as mulheres têm o seu Mr.Big, o seu amor que nunca deixa de estar presente?
Aquele que sempre aparece quando algo começa a correr bem, quando uma pessoa nova existe na nossa vida? Quando pensávamos já o ter esquecido, depois de ele deixar de fazer parte da nossa vida...
Quando uma mulher contraria isso, pensará sempre no que poderia ter acontecido?! Viverá na indecisão de tentar ou ter voltado a tentar? Não existirá uma falha em qualquer relação por falta de uma entrega que ficou presa a essa dúvida?
A dúvida do que podia ter sido não será sempre mais forte do que uma relação falhada? Não estará sempre presente a possibilidade da decisão errada, nos momentos dolorosos de uma relação?
Existirá sempre um Mr.Big em nós, ou somos só nós que criamos tal personagem fictícia para poder desculpar e associar os nossos desaires e erros amorosos? Não teremos no nosso Mr.Big, a solução para todos os desgostos?Procuramos o nosso Mr.Big mais que uma vez, ou serão só as ideias e as memórias que nos prendem?
Não procuramos o Mr.Big em todos os homens com quem nos relacionamos? Não procuramos uma relação que correu bem, mesmo que limitada no tempo, em todas as que vamos tendo ao longo do tempo?
O Mr.Big é ou não fruto do nosso desejo? Não será fruto de uma sobrevalorização ao longo de várias tentativas posteriores falhadas?
O Mr.Big existe ou será o resultado de uma reunião de características preferidas e que nos correram bem, que fomos recolhendo ao longo de todas as nossas relações?

segunda-feira, 10 de abril de 2006

Encontrei-os

Já era Fevereiro, eles deviam estar mesmo de volta a casa e eu vi-os. Eu vi, juro que eram eles, deviam estar mesmo a chegar porque ainda não tinham sequer entrado na janela.
Isto passa-se em Bruxelas, dai terem demorado tanto tempo a chegar depois da época natalícia. Aqui descobri então a casa deles, é aqui que no final da época natalícia (depois de estarem pelo menos um mês a tentar subir ás janelas dos resto do mundo) eles regressam para descansar até Novembro próximo. Estavam todos a chegar, foi tão bonito!!Bem-haja Pai Natal alpinista!



(photo:miss green)