terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

desilusão

Há muitas maneiras e razões para nos deixarmos de dar com alguém, há muitas desculpas até, mas nenhuma tão triste como a desilusão. Ser desiludido por alguém é perder o interesse, perder o brilho, deixar de ter alguma coisa contra e muito menos a favor. A desilusão é deixar de ter alguma coisa, é ter nada, quando ainda há pouco podíamos ter tudo. Ser desiludido é pior que ser traído, pior que ser enganado, pior que ser maltratado. Desilusão é perder o respeito, a admiração, o carinho, a atenção. É a pior das tristezas, a pior das dores que já nem dói, a pior das sensações.
Só se desilude quem se ilude, sim, mas que melhor forma há para sonhar, que melhor forma há de pensar o que sentimos por alguém?!
Desilusão é já não querer saber, não me importar, não ligar nem me lembrar. É triste, mas é verdade, desilusão é a pior agressão que já nem marca deixa. Já não mexe com nenhuma emoção, já não faz pensar onde estará ou com quem estará, se volta ou fica por lá, se liga ou responde, se faz, diz ou aparece. Desilusão não é não querer, é não me importar de saber, é afastar-me o suficiente para ver, para avaliar, para perceber, para escolher.
A desilusão não tem raiva, não tem orgulho, não volta as costas. A desilusão desgasta, gasta, consome. A desilusão mata, faz vítimas e sobreviventes, mas o que fica torna-nos sempre mais fortes.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

someone's watching

Tive um arrepio, tive a sensação que alguém me andou a espiar há alguns meses. É assustador ter a sensação que alguém pode estar a assistir a tudo, tirando Deus e todas as Divindades, que já se sabe "Andam por aí", só me lembro de Santana Lopes dizer o mesmo...humm, mas não acredito que seja ele!! Mas a sensação é esquisita, e embora saiba que claro não precisam de assistir, no mínimo é curioso tirarem-nos palavras da boca ou das teclas.
Resta-me a ideia de que é uma situação vulgar, já há filmes, livros, músicas, citações, séries, documentários, and so on...sobre o assunto.
É vulgar sim, corriqueiro até, mas não deixa de doer, não deixa de arranhar a estima, a nossa e a dos outros, não deixa de ensopar as mangas com sal, e para consolo apenas a esperança de que tudo passa...e passa, passa de validade.
As lágrimas quando passam do prazo também ficam verdes e secas, mas ficam agarradas ao coração para que aprendamos com elas.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

utopia

A maior mágoa é sermos esquecidos, é pensar que não deixámos nada, nenhuma marca, nem uma palavra. Pensar que tudo o que fizemos só valeu enquanto durou, que cada surpresa se ficou pelo próprio instante. Gostava que me lembrassem na medida do que vou deixando, porque todos deixamos algo, todos levamos algo, mas nem sempre (ou quase nunca) na mesma proporção. É uma questão de medida, uma questão de vez, como nos cruzamentos, quando um carro avança, um outro pára, e no próximo será ao contrário, as probabilidades de chegarmos a um cruzamento vindos da esquerda ou da direita, são praticamente as mesmas, e assim é uma questão de vez. Para dar a uns tem de tirar a outros, como em tudo na vida.
Gostava de desenhar um sorriso em cada pessoa que cruzou a minha vida, e fazê-las sorrir sempre que me lembrassem. É utópico sim, mas é uma utopia fofinha.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

afinal

- não tens nada para me contar?
- não, porque perguntas isso?
- só perguntei, se não tens deixa...
- quem é que te contou?

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

mixed feelings

Há alguma regra relativa ao voltar a um sítio onde se foi feliz e também triste?

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010