Alguém que tenha visto o jogo de ontem e ao mesmo tempo tenha coração, é incapaz de ficar indiferente ao assistir ao golo de Pedro Mantorras.
Se na semana passada foi com uma enorme emoção que o voltámos a ver pisar o relvado na superliga, esta jornada veio confirmar o que há uns anos ninguém tinha dúvidas. Mantorras é detentor de uma criatividade pouco vista na superliga portuguesa, e ligado a ela, um grande poder de eficácia.
Pedro Mantorras só estava na equipa errada, dirigida pelas pessoas erradas, quando há dois anos se lesionou. Se é possível estragar, ou pelo menos, protelar, uma grande carreira desportiva, esta foi a maneira mais eficaz. Provavelmente não lhe poderiam ter feito pior, e assim foi.
Foram dois anos de sofrimento, em que as idas à fisioterapia e ao ginásio, foram intercaladas com as tristes viagens a Espanha para mais uma operação.
Se há algum grande castigo para um jogador como Pedro Mantorras, não poder jogar é de certeza o mais doloroso.
Agora sim, está de volta, agora sim voltámos a ver o Mantorras a que um dia nos habituámos, rápido, oportuno, criativo, e acima de tudo, a marcar golos.
E porque o futebol é muito mais que corrupção desportiva e tráfico de influências, agora mais que nunca, deixem jogar o Mantorras!
segunda-feira, 17 de janeiro de 2005
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