quarta-feira, 12 de janeiro de 2005

Carta aberta a Vítor Baía - Parte VI

Caro Vítor, meu grande querido, tu não páras...estás sempre a surpreender-me. Sempre que eu acho que não podes jogar pior, lá vens tu, sorrateiro, discreto como só tu sabes ser, ali a largar as bolas da mão, a sair em falso da baliza, a tentar defrontar defesas, enfim...é um sem fim de manobras com que tu nos brindas.
Mas esta semana tu se explicou, afinal os teus problemas eram mesmo pessoais. Então separaste-te pá?! Toda a gente sabe que a estabilidade emocional é um dos pontos fundamentais do sucesso de um atleta...e tu não dizias nada?!
Estou aqui encolhidinha de tanta (quase) vergonha de te ter massacrado, mas no fundo eu até tinha razão. As respostas estavam todas em ti. Elas não te abandonam. A tua mulher pode fazê-lo, mas as respostas às tuas questões não o farão nunca. Vais ver que até podes ser seleccionado para o Mundial. Tudo pode mudar, vais ver que era isso...

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