Há noites em que não chegam todos os chocolates do mundo para afastar o frio que por dentro gela. Queima as ideias, como se de colheitas se tratasse, faz encolher os ombros e a vontade, faz enrijecer as articulações e perder o equilíbrio. O frio deste género não mata, mas mói que se farta. Porque já choveu, porque já arrefeceu, porque já se gastaram os agasalhos e os aquecedores vão perdendo o gás.
Apetece desatar a correr para aquecer, fugir daqui para fora e só parar num abraço, ainda que morno.
Já não chega o calor que a memória guardou, já não chega a temperatura que os sonhos escondem em embalagens herméticas a utilizar em casos de emergência. Já não chega.
Não há gomas, alperces secos, pipocas ou batatas fritas que arrastem este inverno daqui.
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
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