A maior mágoa é sermos esquecidos, é pensar que não deixámos nada, nenhuma marca, nem uma palavra. Pensar que tudo o que fizemos só valeu enquanto durou, que cada surpresa se ficou pelo próprio instante. Gostava que me lembrassem na medida do que vou deixando, porque todos deixamos algo, todos levamos algo, mas nem sempre (ou quase nunca) na mesma proporção. É uma questão de medida, uma questão de vez, como nos cruzamentos, quando um carro avança, um outro pára, e no próximo será ao contrário, as probabilidades de chegarmos a um cruzamento vindos da esquerda ou da direita, são praticamente as mesmas, e assim é uma questão de vez. Para dar a uns tem de tirar a outros, como em tudo na vida.
Gostava de desenhar um sorriso em cada pessoa que cruzou a minha vida, e fazê-las sorrir sempre que me lembrassem. É utópico sim, mas é uma utopia fofinha.
domingo, 7 de fevereiro de 2010
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