O envolvimento, a paixão, o amor, dê-se o nome que se quiser, nunca chega adiantado, nunca chega antes do tempo. E que tempo é esse?
É o tempo que precisamos para racional ou conscientemente chegar à conclusão que há uma pessoa (ou passou a haver) na nossa vida, que é diferente das outras aos nossos olhos, pelo menos num qualquer momento.
Para entrar nas coronárias de alguém é preciso muito, como mais ou menos tempo, mas muito. Muito que pode começar por tão pouco, por um aperto de mão mais demorado, com uma palavra dita na altura certa, um olhar cúmplice, ou um conjunto de abraços, discussões e colos que garantem o carinho, os olhos fechados num beijo, um cantinho reservado numa cama já quente.
Não há receitas, não há caminhos mais curtos ou soluções definitivas, não há ponteiros a atropelarem-se em relógios que nos dão sempre o mesmo tempo, embora por vezes pareça parado ou demasiado apressado. O tempo é o mesmo, hoje é hoje e amanhã logo se vê. É tão ténue a linha que nos liga ao fim.
Porque é que nem sempre aproveitamos ou contamos a história, mesmo que comece a meio do livro?
terça-feira, 7 de agosto de 2007
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